Nesta semana, entre 24 e 30 de agosto, acontece o SP-Arte Viewing Room – primeira versão online de uma das maiores feiras de arte da América Latina. Além das exposições, o evento conta com debates online, entrevistas e lives. Dentre elas, uma programação feita em parceria com a arte!brasileiros e o Iguatemi: a Cartografia do Olhar.
O projeto consiste em duas aulas, ministradas pela curadora e artista visual Ana Beatriz Almeida. “A perspectiva pela qual a gente olha a arte é eurocêntrica. A revolução racial que temos acompanhado ganhar o mundo tem outro cunho, busca fazer emergir essas narrativas que foram suprimidas por uma tendência hegemônica de mundo. A Cartografia do Olhar é um primeiro passo para o desenvolvimento de outras capacidades éticas e estéticas de apreciar experiências expressivas”, explica.
No primeiro episódio, Cartografia do Olhar: Mar e Travesías, Ana Beatriz Almeida faz uma retomada histórica sobre o olhar e as vivências não brancas para então colocar Juliana dos Santos e Rosana Paulino em foco. A partir das obras Entre o Azul e o que não me Deixo/Deixam Esquecer e Parede da Memória, a curadora ministra uma aula sobre as artistas e suas visões e estéticas expressivas. Assista:
No segundo episódio, Cartografia do Olhar: Estadia e Permanência, Ana Beatriz se debruça sobre Aceita?, de Moisés Patrício, e Atos da Transfiguração: Desaparição ou Receita para Fazer um Santo, de Antônio Obá. Assista:
Ana Beatriz Almeida, ministrante das aulas, é co-fundadora da 01.01 Art Platform, curadora convidada da Bienal de Glasgow de 2020, mestranda em História e Estética da Arte pelo MAC-USP e doutoranda pela King’s College (UK). Em todos esses ambientes, a artista visual leva consigo uma cartografia decolonial do olhar, buscando novas ferramentas de leitura e crítica de arte pensando em éticas e estéticas não brancas.