Nesta edição, mergulhamos num manancial de iniciativas de instituições culturais de São Paulo, do Norte e do Nordeste do Brasil que estão interessadas em revelar parte do apagamento de nossa história, parte do apagamento pós-colonial. A exemplo das exposições Ensaios para o Museu das Origens, montada no Tomie Ohtake e no Itaú Cultural e Histórias Indígenas, no MASP; da mostra com as recentes aquisições para a coleção o Banco do Nordeste, em Recife (PE); da Bienal das Amazônias, em Belém do Pará, e do percurso do Manto Tupinambá, apresentado por Célia Tupinambá. Entrevistamos curadores, pensadores, arqueólogos e artistas de várias regiões do país. Ouvimos falar da necessidade de mudanças radicais nos museus e do quanto seria necessário ouvir a natureza. Num país que foi e é indígena, caboclo, ribeirinho, afro-descendente e branco. Num país cuja pluralidade tem início há mais de 6.000 anos, e não, como é tradicionalmente entendido, num país que teria nascido em 1500.