Dia Mundial dos Museus
Crianças assistindo retrospectiva do artista argentino Luis Felipe Noé, contemporâneo do Antonio Dias, no Museu de Belas Artes em Buenos Aires, Argentina. Foto acervo arte!brasileiros

Em 18 de maio celebra-se o Dia Internacional dos Museus. Para marcar a data, o Conselho Internacional de Museus no Brasil (ICOM BR) publicou uma carta aberta à comunidade museológica brasileira. A data foi criada em 1977 junto com o ICOM, órgão que integra a UNESCO.

No documento, o ICOM ressalta a importância das instituições culturais no presente, acolhendo os cidadãos e voltando suas ações para bem-estar coletivo, em um movimento considerado “imprescindível e urgente”. O Conselho destaca os museus como “instituições contemporâneas relevantes e potentes, atuantes na preservação e pesquisa dos seus acervos e na comunicação com seus públicos”. Ainda mais agora, em meio ao pico da pandemia da Covid-19 no Brasil, quando as mortes em decorrência da doença infecciosa ultrapassam os 16 mil.

A mensagem transmitida pelo ICOM no Dia Internacional dos Museus também presta homenagem aos trabalhadores em funções imprescindíveis, como conservação, segurança e manutenção, que não podem seguir o isolamento recomendado e cujo trabalho ajuda a proteger nosso patrimônio. Seguindo as orientações da OMS, os museus seguem fechados e enfrentam obstáculos para minimizar perdas econômicas e ao mesmo tempo manter suas equipes intactas – evitando até quando possível as demissões do seu corpo de trabalho, como infelizmente ocorreu no MET, em Nova Iorque, no final de abril.

Por conta das turbulências do período, o ICOM frisa a potência dos museus em ajudar a população a resistir ao momento, “ativando memórias, lembrando quem realmente somos e quais nossos valores; registrando o presente, os desafios do cotidiano em confinamento, os lutos, e a grande transformação social que estamos vivendo”.

No fim da carta, o conselho chama atenção para a necessidade das instituições de repensar sua função no pós-crise, ressaltando a urgência na reconfiguração da “experiência museológica para a comunidade, na comunidade, com a comunidade, de forma socialmente inclusiva e economicamente sustentável”, complementando que “não há mais como existir sob o lastro de uma elite social, a espera de financiamento público”.

Há algumas semanas, a arte!brasileiros lançou uma série de entrevistas – que continua a ser trabalhada, com novos capítulos a cada 15 dias – onde conversamos com diretoras e diretores de instituições culturais brasileiras para abordar questões como as levantadas pelo ICOM. Confira as entrevistas com Jochen Volz, Eduardo Saron e Ricardo Ohtake.

Leia a carta do ICOM na íntegra neste link.

 

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