Como confrontar a orientação dos trabalhos artísticos dos povos indígenas frente ao dilema do novo, que move o sistema de arte no mundo? As obras reunidas na mostra Histórias Indígenas, em cartaz no Masp, fazem um recorte significativo da produção desenvolvida por indígenas de sete países: Austrália, Brasil, México, Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e Noruega. O debate contemporâneo sobre a identidade de tais artistas aponta que grande parte deles é aceita e tem uma produção constante, sendo que alguns estão em acervo de museus ou em galeria de arte. O marco temporal da mostra vai desde 200 A.C até os dias de hoje e reafirma o poder das cosmologias presentes nos oito núcleos da mostra. Como tal, Histórias Indígenas envolve 175 artistas cujas etnias estão espalhadas pelas comunidades ou em cidades. Por uma parte, as narrativas sustentam que as produções do conjunto guardam histórias de ensinamentos milenares, absorvidos pelos “brancos”, e também narrativas sobre o apagamento da cultura indígena provocada pelo racismo, abusos e violência contra os considerados “diferentes”.
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Um marco existencial
Coletiva de sete países mostra a tradição ancestral espelhada nas obras de 170 artistas dos povos originários