Até 11 de junho é possível se inscrever em duas residências culturais oferecidas pela Oficina Brennand, em Recife. Ambas tomam como ponto de partida o acervo permanente da oficina para desenvolvimento dos trabalhos e desdobramento de ações e programas públicos. Planejadas com formato híbrido, elas têm seu início previsto para julho e agosto, respectivamente – no momento, o local permanece fechado para o público, em atendimento ao Decreto nº 50.433, publicado em março pelo Governo do Estado de Pernambuco.
Residência Cultural – Moldar o Existir: Vivências Mediadas pelo Barro
Coordenação: Renata Felinto
Serão selecionadas seis propostas, entendidas nos campos das artes visuais, artes cênicas, artes do corpo, música, literatura, bem como as suas subáreas. O programa é voltado para profissionais das artes de todo o país, maiores de 18 anos de idade, e acontecerá em formato híbrido, remoto e presencial, na Oficina Brennand, em Recife, observadas as condições sanitárias e de segurança dos profissionais selecionados. A residência acontecerá entre os meses de agosto e novembro de 2021.
O programa propõe intercâmbios criativos entre diferentes agentes profissionais das artes que participam e contribuem com processos de pesquisa, criação, execução, registro, documentação e reflexão acerca das artes em sua trajetória.
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Residência Processos de Criação em Educação
Coordenação: Gleyce Kelly Heitor
Voltado para educadores com atuação e prática em todo o Estado de Pernambuco, serão selecionadas seis propostas para compor um grupo transdisciplinar de pessoas que podem ter em sua trajetória diferentes formações, sejam elas acadêmicas ou/e através de uma educação popular construída dentro de comunidades. A residência acontecerá entre os meses de julho e setembro de 2021.
O programa se propõe a fundamentar valores como coletividade, colaboração e experimentação enquanto base para a construção de um programa de educação na Oficina Brennand atravessando os eixos território, natureza e cosmologias.
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Planos para o futuro e a celebração do cinquentenário
Em 11 de novembro deste ano, a oficina-museu criada pelo artista plástico Francisco Brennand – ao transformar a antiga fábrica do pai, Ricardo, em seu ateliê – completará 50 anos. Estimulada pela celebração, a instituição vem estruturando um projeto para transformar o local em uma referência artística internacional, nos moldes do Inhotim, em Brumadinho (Minas Gerais). Aliás, para tal, a ex-diretora artística do espaço mineiro, Júlia Rebouças, assume o cargo na Oficina Brennand. Além dela, Lucas Pessôa foi elencado como diretor geral do instituto, tendo anteriormente ocupado o posto da direção de operações no MASP, onde ajudou o museu a escapar de uma possível falência. Juntando-se aos dois, na nova etapa da Oficina Brennand está também um grupo de conselheiros de atuação nacional: a antropóloga Lilia Schwarcz; a mecenas Frances Reynolds; Keyna Eleison, diretora artística do MAM-RJ e Tiago Pessoa, do grupo Morgan Stanley.
Em razão do cinquentenário, para o final do ano, a oficina prepara uma mostra celebratória que reunirá três mil obras de Francisco Brennand em uma releitura inédita. Acompanhando essa retrospectiva, o instituto ainda articula a vinda de obras do artista que estão no acervo de colecionadores particulares ou que integram conjuntos de museus. Incorporada à comemoração de meio século da oficina está a inauguração de Maracanarvera, instalação do artista carioca Ernesto Neto. Por conta do seu caráter interativo, porém, há possibilidade de que a exposição da obra seja realocada para 2022. Por fim, Spider, de Louise Bourgeois, também deve ser exposta nos jardins do instituto, em empréstimo com o Itaú Cultural.