*Por Coil Lopes e Giulia Garcia
“O rio é uma serpente porque se esconde e camufla, e entre o imprevisível e o mistério, cria estratégias para o seu próprio movimento.” Assim sintetiza o texto curatorial da terceira Frestas – Trienal de Artes, que partindo de uma cosmovisão decolonial manteve foco nos diálogos de seu processo e agora os leva ao Sesc Sorocaba em uma exposição final, que dá continuidade às reflexões encontradas no percurso. Com curadoria de Beatriz Lemos, Diane Lima e Thiago de Paula Souza e assistência curatorial de Camila Fontenele, a edição recebeu o título O rio é uma serpente e contou com uma ampla programação, incluindo viagem curatorial pelo Norte e Nordeste do país, programa de formação de professores, programas de estudos com artistas, curso de expografia, mentoria e uma publicação educativa (saiba mais sobre os projetos, clicando aqui).
Participam da mostra 53 artistas e coletivos de diferentes nacionalidades. São nomes
do Brasil, África do Sul, Bolívia, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Holanda, México, Peru, República Dominicana e Suíça que exibem obras nos mais diversos suportes, de pinturas a instalações e performances. “Esse grupo de artistas tem a ver com um interesse nosso de pesquisa, da curadoria, em entender quais são as narrativas possíveis dentro do campo da arte contemporânea que excedem a linearidade de uma história da arte ocidental. Então estamos falando de um grupo de artistas que são majoritariamente negras e negros, dissidentes, indígenas e que [quando brasileiros] habitam outras geografias do país que não as localizadas no eixo Rio-São Paulo”, explica Diane Lima.
A arte!brasileiros visitou a exposição e conversou com a curadora Diane Lima. Assista ao vídeo:
O rio é uma serpente, exposição da terceira Frestas – Trienal de Artes, fica em cartaz até 30 de janeiro de 2022 e pode ser visitada gratuitamente, mediante agendamento prévio. É necessária apresentação de comprovante vacinal, a utilização de máscara durante toda a visita e a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade.
Leia também a crítica de Fabio Cypriano, clicando aqui.