34ª Bienal de São Paulo.
"La Cena" (The Supper), 1991, da artista cubana Belkis Ayón. Foto: José A. Figueroa/ Cortesia de Belkis Ayón Estate

A Fundação Bienal de São Paulo acaba de anunciar a lista completa de artistas participantes de sua 34ª edição, intitulada Faz Escuro mas eu canto. A mostra será composta por 91 nomes – sendo dois duos e um coletivo – de 39 países (veja os nomes abaixo). Iniciada em fevereiro de 2020, a edição vem se desdobrando no espaço e no tempo com programação física e online – leia aqui matéria sobre a exposição coletiva Vento, realizada no último ano, e aqui entrevista com o curador Jacopo Crivelli Visconti e o curador adjunto Paulo Miyada. Entre os 35 novos nomes anunciados estão três brasileiros – Arjan Martins, Mauro Restiffe e Sueli Maxakali -, além do francês radicado no Brasil Pierre Verger.

Todas as ações culminarão na mostra coletiva que vai ocupar o Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Ibirapuera, a partir de setembro de 2021, simultaneamente à realização de dezenas de exposições individuais em instituições parceiras na cidade de São Paulo. Segundo Crivelli, em texto de divulgação: “Desde sua concepção, e com um sentido de urgência ainda maior após os acontecimentos dos últimos meses, a 34ª Bienal de São Paulo busca estabelecer pontes entre obras e artistas que refletem múltiplas cosmovisões, culturas e momentos históricos. O processo de colocar em relação e ressonância todas essas vozes foi intenso e estimulante, vivificando um dos conceitos de Édouard Glissant que mais nos inspirou nesse caminho, o de que falamos e escrevemos sempre na presença de todas as línguas do mundo”. 

A Fundação também lança pela primeira vez um catálogo inteiramente digital para uma de suas edições (veja aqui). A publicação, intitulada tenteio – inspirado na obra do poeta amazonense Thiago de Mello, assim como o título da 34ª Bienal -, compõe uma narrativa visual e textual formada por contribuições dos 91 artistas participantes elaboradas exclusivamente para a ocasião. Diante dos desenhos, fotografias, poemas e textos compartilhados pelos artistas, Elvira Dyangani Ose (editora convidada) e Vitor Cesar (designer e autor da linguagem visual da edição) se debruçaram sobre a realização de um catálogo que refletisse as poéticas de ensaio aberto e de “relação”, preceitos norteadores para a curadoria. Seu conteúdo será incorporado ao catálogo impresso da mostra, a ser lançado em setembro.

Veja a lista completa dos artistas participantes da 34ª Bienal de São Paulo:

Abel Rodríguez, 1944, Cahuinarí, Colômbia
Adrián Balseca, 1989, Quito, Equador
Alfredo Jaar, 1956, Santiago, Chile
Alice Shintani, 1971, São Paulo, Brasil
Amie Siegel, 1974, Chicago, EUA
Ana Adamović, 1974, Belgrado, Sérvia
Andrea Fraser, 1965, Montana, EUA
Anna-Bella Papp, 1988, Chișineu-Criș, Romênia
Antonio Dias, 1944, Campina Grande, PB, Brasil – 2018, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Antonio Vega Macotela, 1979, Cidade do México, México
Arjan Martins, 1960, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Beatriz Santiago Muñoz, 1972, San Juan, Porto Rico
Belkis Ayón, 1967 – 1999, Havana, Cuba
Carmela Gross, 1946, São Paulo, SP, Brasil
Christoforos Savva, 1924, Marathovounos, Chipre – 1968, Sheffield, Reino Unido
Clara Ianni, 1987, São Paulo, SP, Brasil
Claude Cahun, 1894, Nantes, França – 1954, Saint Helier, Jersey
Daiara Tukano, 1982, São Paulo, SP, Brasil
Daniel de Paula, 1987, brasileiro, nascido em Boston, EUA
Darcy Lange, 1946, Urenui, Nova Zelândia – 2005, Auckland, Nova Zelândia
Deana Lawson, 1979, Nova York, EUA
Dirk Braeckman, 1958, Eeklo, Bélgica
E.B. Itso, 1977, Copenhague, Dinamarca
Edurne Rubio, 1974, Burgos, Espanha
Eleonora Fabião, 1968, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Eleonore Koch, 1926 – 2018, Berlim, Alemanha
Eric Baudelaire, 1973, Salt Lake City, Utah, EUA
Frida Orupabo, 1986, Sarpsborg, Noruega
Gala Porras-Kim, 1984, Bogotá, Colômbia
Giorgio Griffa, 1936, Turim, Itália
Giorgio Morandi, 1890 – 1964, Bolonha, Itália
Grace Passô, 1980, Belo Horizonte, MG, Brasil
Guan Xiao, 1983, Chongqing, China
Gustavo Caboco, 1989, Curitiba, PR, Brasil
Hanni Kamaly, 1988, Hedmark, Noruega
Haris Epaminonda 1980, Nicosia, Chipre
Hsu Che-Yu 1985, Taipei, Taiwan
Jacqueline Nova, 1935 – 1975, Gante, Bélgica
Jaider Esbell, 1979, Normandia, RR, Brasil
Jaune Quick-to-See Smith, 1940, Reserva Flathead, Montana, EUA
Joan Jonas, 1936, Nova York, Nova York, EUA
Jota Mombaça, 1991, Natal, RN, Brasil
Jungjin Lee, 1961, Daegu, Coreia do Sul
Juraci Dórea, 1944, Feira de Santana, BA, Brasil
Kelly Sinnapah Mary 1981, Guadeloupe, França
Koki Tanaka 1975, Kyoto, Japão
Lasar Segall, 1889, Vilnius, Lituânia – 1957, São Paulo, Brasil
Lawrence Abu Hamdan, 1985, Amã, Jordânia
Lee ‘Scratch’ Perry, 1936, Kendal, Jamaica
León Ferrari, 1920 – 2013, Buenos Aires, Argentina
Lothar Baumgarten, 1944, Rheinsberg, Alemanha – 2018, Berlim, Alemanha
Luisa Cunha, 1949, Lisboa, Portugal
Lydia Ourahmane, 1992, Saïda, Argélia
Lygia Pape, 1927, Nova Friburgo, RJ, Brasil – 2004, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Manthia Diawara, 1953, Bamako, Mali
Mariana Caló e Francisco Queimadela, 1984, Viana do Castelo, e 1985, Coimbra, Portugal
Marissa Lee Benedict e David Rueter, 1985, Palm Springs, EUA e 1978, Ann Arbor, EUA
Marinella Senatore, 1977, Cava de’ Tirreni, Itália
Mauro Restiffe, 1970, São José do Rio Pardo, SP, Brasil
Melvin Moti, 1977, Roterdã, Holanda
Mette Edvardsen 1970, Lørenskog, Noruega
Nalini Malani, 1946, Karachi, Paquistão
Naomi Rincón Gallardo, 1979, Cidade do México, México
Neo Muyanga, 1974, Soweto, África do Sul
Nina Beier, 1975, Aarhus, Dinamarca
Noa Eshkol, 1924, Kibbutz Degania Bet, Palestina – 2007, Holon, Israel
Musa Michelle Mattiuzzi, 1983, São Paulo, SP, Brasil
Olivia Plender, 1977, Londres, Reino Unido
Oscar Tuazón, 1975, Seattle, Washington, EUA
Paulo Kapela, 1947, Uige, Angola –- 2020, Luanda, Angola
Paulo Nazareth, 1977, Governador Valadares, MG, Brasil
Philipp Fleischmann, 1985, Hollabrunn, Austria
Pia Arke, 1958, Uunarteq, Groenlândia – 2007, Copenhague, Dinamarca
Pierre Verger, 1902, Paris, França – 1996, Salvador, BA, Brasil
Regina Silveira, 1939, Porto Alegre, RS, Brasil
Roger Bernat, 1968, Barcelona, Espanha
Sebastián Calfuqueo Aliste, 1991, Santiago, Chile
Silke Otto-Knapp, 1970, Osnabrück, Alemanha
Sueli Maxakali, 1976, Santa Helena de Minas, MG, Brasil
Sung Tieu, 1987, Hai Duong, Vietnã
Tamara Henderson, 1982, Sackville, Canadá
Tony Cokes, 1956, Richmond, Virginia, EUA
Trajal Harrell, 1973, Douglas, Georgia, EUA
Uýra, 1991, Manaus, AM, Brasil
Victor Anicet, 1938, Marigot, Saint Martin
Vincent Meessen, 1971, belga, nascido em Baltimore, Maryland, EUA
Ximena Garrido-Lecca, 1980, Lima, Peru
Yuko Mohri 1980, Kanagawa, Japão
Yuyachkani, Grupo teatral fundado em 1971 no Peru
Zina Saro-Wiwa, 1976, Port Harcourt, Nigéria
Zózimo Bulbul, 1937 – 2013, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

SERVIÇO: 34ª Bienal de São Paulo – Faz escuro mas eu canto
De 4 de setembro a 5 de dezembro de 2021
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera
Entrada gratuita

 

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