Page 46 - ARTE!Brasileiros #37
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DETALHE DA OBRA DE THOMAS KILPPER, UM FAROL PARA LAMPEDUSA! (2016)
A TRADICIONAL FIAC – Foire Internationale se incorporaram países como Polônia, Hungria,
d’Art Contemporain, que ocorre há mais de 43 Japão e Hong Kong. As galerias brasileiras, por
anos na cidade de Paris e desde sempre manteve sua vez, nesta época do ano costumam gerenciar
altíssimo rigor e excelência ao apresentar obras sua presença entre a Frieze de Londres, a ARTBO
da arte moderna e contemporânea, continua de Bogotá e a FIAC, que ocorrem no mesmo pe
crescendo. O programa se expandiu ao inaugurar ríodo. Neste ano, em Paris, estiveram presentes
o setor On Site no Petit Palais, com mais de 40 Luciana Brito, Mendes Wood DM, Fortes Vilaça e
obras expostas e uma série de performances Luisa Strina.
paralelas que ocorreram nos museus e institui- No programa Hors les Murs, que se estende ao
ções culturais da cidade. Jardim das Tuileries, nos Champs Elysées, são
Neste ano, inclusive, apesar do receio de muitos montadas obras de artistas e projetos de arquite-
turistas e cidadãos de se locomover com liber- tos. Desde que em 2008 foi apresentado Favela,
dade na cidade – que sofreu inesquecível ataque pelo Atelier Van Lieshout, a FIAC se preocupa
terrorista no ano passado –, a feira contou com em responder a questões de ordem filosófica
a presença de 189 galerias, das quais 43 inter- presentes na contemporaneidade. Utópica ou
nacionais e 13 francesas estiveram pela primeira funcional: o que é uma casa? Qual é sua função?
vez no evento. “Os colecionadores franceses são Quais são seus términos ideais? Como ela pode
extremamente informados e apaixonados”, afir- ser substituída em condições de emergência? Jean
mou o galerista berlinense Mehdi Chouackri, que Prouvé vai de alguma forma responder a esta
mantém uma relação de coração com a FIAC. Ainda última questão com suas pesquisas em arquitetura
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